Um grande problema hoje é a nossa obrigação em dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo, tanto no trabalho como na vida pessoal. Temos muitas atividades e, grande parte delas, é em função de um dever, desde o pagar contas a fazer compras para casa, quando tudo vence e termina rapidamente, pois o tempo está passando a todo vapor. Há quem também trabalhe por obrigação, sem o mínimo prazer ou espontaneidade, o que é ruim para a saúde mental, física e espiritual.
Tudo isso tem levado ao cansaço e desgaste dos seres humanos, com uma vida, às vezes, desumana, por causa do fazer sem pensar, sem sentir, sem descobrir o verdadeiro sentido de tudo isso. Existe uma categoria de atividade que pode vir a ser a solução para muitos de nossos problemas, um sonho! Você já se imaginou exercendo uma ação livre e de espontânea vontade? Essa é a definição do trabalho voluntário. E hoje é o dia para se comemorar!
No Brasil, o Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto, desde o ano de 1985, para reconhecer e destacar a ação das pessoas que doam tempo, mão de obra e talento para causas de interesse social e para o bem da comunidade.
O trabalho voluntário é exercido com responsabilidade, profissionalismo e comprometimento, uma vez que envolve a vida e o bem-estar de seres humanos, pessoas que merecem toda a nossa dedicação. Somos um deles!
Eu quero contar para vocês um grande presente que recebi aqui em São Paulo, desde o início de 2013: conhecer o Grathi (www.grathi.org.br), um espaço mais do que especial, que acolhe crianças e adolescentes que vem de todo o Brasil para São Paulo fazer tratamento e não tem onde se hospedar. Pessoas lindas e bacanas de se conhecer e aprender. O Grahti vive de doações. A Elizete Barbosa foi a criadora dessa ONG, uma guerreira, que já precisou fechar a casa de apoio e levar pessoas para a casa dela, por não conseguir pagar as contas. Mas ela não desiste e continua na batalha, crescendo e se profisisonalizando a cada dia mais. Hoje estão fazendo um curso de Gestão do Terceiro Setor, pelo Instituto GESC, um encaminhamento do querido Roberto Shinyashiki. O Grathi conta com o apoio de mais 4 colaboradoras – Daniela, Erika, Priscilla, Márcia – e alguns voluntários. Eu sou um deles!
Comecei pintando a casa, junto com meu esposo, Carlos, uma equipe da empresa onde ele trabalha, e nossas meninas, a Mariana e Anna Beatriz, em um projeto da Accenture. Depois disso, continuei a frequentar a ONG, começando um trabalho de terapia com as mães e, além dessa atividade, hoje também dou treinamentos/coaching para a equipe. Em datas festivas como o dia das crianças, Natal e dia das mães, comemoramos juntos, com alguma atividade que agregue na autoestima, saúde e desenvolvimento das pessoas.
Eu ganho muito, mas muito mesmo. Essas atividades passaram a ser para mim como uma terapia, religião, onde cuido de minha mente e minha espiritualidade, através do cuidado com o outro. Isso me dá muita vida e disposição para tantas atividades que tenho. Ganhei amigas, aprendizados, experiência e reconhecimento. Um verdadeiro presente! A cada dia que vou lá estou abastecendo a minha alma.
Para o Martin Selingman, o pai da piscologia positiva, uma das principais fontes de energia e realização para o ser humano é fazer o bem, é ajudar, colaborar, mesmo que ele não tenha consciência disso. Quando você faz algo de bom para o outro, sem esperar nada em troca, mas simplesmente pelo fazer, de forma voluntária, espontânea e genuína, você ganha muito. Isso representa a realização, a felicidade!
Seja um voluntário você também, em uma ONG ou através do desejar um “bom dia” por onde passa, sendo gentil com as pessoas. Contribuir para um clima descontraido na empresa ou conquistando um sorriso no rosto de outras pessoas de forma voluntaria, é também fazer o bem.
Seja um voluntário, crie espaços para fazer o bem! Seja feliz!
Parabéns aos voluntários por esse dia mais do que especial!
Abraços,
Susanne Andrade
O trabalho voluntário é um dos maiores bens que se pode fazer, e que bom que quem faz possa repassar.