Olá Querido Leitor,
Você já ouviu falar em Holocracia? Na definição de Brian J. Robertson, criador dessa nova forma de gestão das organizações, “é um sistema para dirigir e governar empresas de forma ágil”. É uma quebra de paradigma em relação à forma tradicional e hierarquizada, onde predomina o crachá e jogo de poder. A Holocracia é uma nova forma de governança baseada na cooperação, auto-organização e participação. Facilita a compreensão das novas dinâmicas e necessidades do mercado e que gera resultados mais rápidos e eficientes, em projetos e processos multiculturais e multi-internacionais. É baseada em sistemas de autogestão de equipes.
É importante a maturidade das pessoas, uma vez que é fundamental um casamento entre autonomia e responsabilidade para que essa nova forma de gestão dê certo. Os profissionais são convidados a tomarem decisões, a serem criativos e agirem com transparência. Isso indica também uma valorização do Ser Humano, em detrimento do chefe que manda. Nessa realidade não há cargos de gerentes, mas lideranças informais que emergem no processo, pessoas naturalmente legitimadas pelo time. Ser líder de si mesmo é o primeiro e importante passo para que essa metodologia dê certo!
O Evan Williams, co-fundador do Twitter, por exemplo, está construindo sua nova empresa sobre esse pilares, a Medium. São cerca de 50 empregados que terão autonomia sobre o trabalho. A Zappos, grande varejista do grupo Amazon, é a maior empresa a seguir o método. É importante ressaltar que essa Organização já tem uma gestão com base em valores, na humanização do relacionamento. Tem a excelência no atendimento aos clientes. Uma afirmação sobre esse case de sucesso: “Quando não há metas numéricas de atendimento a serem batidas, os funcionários podem se dedicar à qualidade do atendimento, pois não precisam dispensar o cliente o mais rápido possível. E isso é muito mais importante, já que o cliente se sente de fato especial e acaba sendo fidelizado”.
É interessante pensar que um dos principais pontos da Holocracia é a queda de cargos, substituindo o chefe pela autoliderança. Isso pode vir a ser importante para a humanização das relações, para a aproximação entre as pessoas, pois o excesso de foco nos crachás e luta por poder acaba por distanciar e despersonalizar os profissionais, no perfil tradicional de gestão. Dei uma palestra para líderes de 5 níveis hierárquicos, de uma grande empresa, cujo tema era a Integração. Comecei pedindo que tirassem os crachás, pois este, muitas vezes, afasta as pessoas. E para integrar, é necessário olhar para quem está por trás desses cargos, os Seres Humanos, que tem sentimentos e belíssimos valores. O resultado foi sensacional!!
Independente de estarmos em uma empresa com a cultura da Holocracia, vamos exercitar a nossa autonomia e responsabilidade, sendo líderes de nossas próprias vidas, o que vai nos proporcionar o sucesso de forma integral. Assim é possível dar grandes contribuições para o clima na organização da qual fazemos parte, onde devemos cultivar valores que alimentam a nossa qualidade de vida: “Enquanto líderes de nossas próprias vidas podemos evitar problemas e conquistar o que queremos a partir de nosso pensamento, do autoconhecimento, da abertura para o outro, de atitudes positivas e otimismo, sendo mais gentis conosco e com o mundo” – trecho do meu livro “O Segredo do Sucesso é Ser Humano: como conquistar resultados sensacionais na vida pessoal e profissional” – no prelo (será publicado em outubro/2014, pela www.primaveraeditorial.com.br, empresa que atua com base em valores importantes no que se refere ao respeito pelo Ser Humano. Vale a pena conferir!).
Abraços Afetuosos,
Susanne Andrade
Amiga Susanne, permita-me chama-la assim, nestes mais de 15 anos atuando em Organizações privadas em Recursos Humanos, devo reconhecer que evoluímos muito mas os desafios são enormes ainda para se chegar nesse modelo apresentado.
Achei o artigo tão interessante que fiquei intrigada com os caminhos que nos ajudarão nesta jornada. Obrigada pela deliciosa provocação e pela oportunidade de conhecer mais sobre a matéria.