Falamos tanto na importância da gentileza, e realmente é um valor precioso. No entanto é necessário um cuidado para que isso não aconteça de forma a quebrar uma espontaneidade, que deve prevalecer em nome da leveza no relacionamento. Quando isso não acontece, parece que surge uma trava, com máscaras prevalecendo na comunicação.
É provável que você já tenha passado por uma situação em que teve vontade de falar uma coisa e falou outra, somente para não desagradar o outro. E para onde foi aquele pedaço de bolo entalado em seu estômago?
Lembre-se de que não somente é possível haver um casamento entre o ser gentil e espontâneo, como é o caminho para sentirmos leveza na relação com os outros. Se observarmos uma criança, percebemos o símbolo dessa espontaneidade, da naturalidade e simplicidade na forma de se comunicar e se relacionar. Ela cresce ouvindo os adultos dizerem que isso pode ser falado, aquilo não, isso é certo ou errado, isso é feio ou bonito, isso pode ou não pode, ou, especialmente, o que o outro vai pensar? Imagino como fica a sua cabecinha até processar e conseguir mudar essa chave, do que passa a ser permitido dizer, fazer, ou não, em choque com a sua verdadeira essência, onde predomina a pureza.
Observamos alguns adultos que preservam essa forma saudável de se relacionar. Minha sogra é uma delas. Já ouvi pessoas comentarem que ela tem alma de criança. Provavelmente é isso! Conseguiu preservar essa essência, mesmo sem grandes estudos, ou, quem sabe, até mesmo por isso. Preservou a sabedoria!
Em minha trajetória por aprendizados descobri um livro delicioso, do Kevin Cashman, cujo título é “Liderança Autêntica”. Se tivesse que resumir em poucas palavras, seria “assumir quem você é de verdade, de forma espontânea”, com seus limites e possibilidades. Foi uma obra que me mostrou o quanto devemos aprender, devemos nos desenvolver, especialmente em direção ao nosso centro, ao nosso interior. Potencializar esse autoconhecimento, fortalecendo quem somos, é o maior conhecimento que podemos ter. É o melhor caminho para se tornar um grande líder.
Vejo tudo isso como um grito de liberdade, de podermos ser quem somos. Parece até brincadeira, mas é isso mesmo! Vamos assumir mais quem somos, com autenticidade e orgulho, com admiração por sermos uma pessoa especial, a criança que cresceu, respeitando os seus desejos e sonhos.
Resgatar a nossa espontaneidade representa amarmos a nós mesmos. É a base para o amor puro entre as pessoas, independente de interesses, do que dizem, mas especialmente, do que sentimos.
Vamos estudar mais e mais, buscar o que é certo e errado, mas dentro de nossa verdade. Vamos aprofundar o nosso conhecimento, preservando a sabedoria espontânea. Vamos nos amar e sermos quem somos, com toda a liberdade! Esse é o maior conforto que podemos ter na vida.
O que você pode fazer para sentir mais conforto em sua vida? Como pode estar em sintonia com a sua espontaneidade? Esse é o caminho e cada um tem o seu. Caminhe de mãos dadas com a sua criança, com a sua espontaneidade!
Abraços Afetuosos,
Susanne Andrade
Suka,
Parabéns pelo artigo!
Aproveitei para atualizar a leitura dos outros.
Penso que resgatar a espontaneidade segue como desafio para muitos de nós, e acredito que pessoas como você contribuem muito para a construção livre e leve deste resgate.
Siga iluminada e iluminando!!!!
Forte abraço!
Arlene